Tanto em baixa tensão como em média tensão ao clicar no botão Dimensionar a plataforma SolarView Business vai calcular automaticamente a potência necessária do sistema fotovoltaico para abater todo o consumo de energia do cliente (com base no consumo médio). Há entretanto algumas diferenças explicadas abaixo.
1. Custo de disponibilidade
No caso do dimensionamento em baixa tensão, o custo de disponibilidade aplicável é abatido no dimensionamento. Por exemplo, se o cliente consome em média 10.000 kWh e tem um custo de disponibilidade de 100 kWh, então o sistema fotovoltaico precisa gerar pelo menos 9.900 kWh ao mês.
Já no dimensionamento em média tensão o custo de disponibilidade não é aplicável, então neste mesmo exemplo o sistema seria dimensionado para gerar os 10.000 kWh mais o adicional suficiente para compensar a diferença de preço nas tarifas em hora Ponta e hora Fora Ponta, como será explicado em seguida.
2. Demanda contratada
No dimensionamento em média tensão deve-se levar em conta a demanda de potência contratada em kW. Por exemplo, uma unidade pode ter um contrato de demanda de 50 kW por mês, pagando R$ 20,00 por kW (os valores são apenas exemplos). Neste caso, é desejável que o sistema fotovoltaico seja dimensionado para não ter uma potência nominal de inversor superior a 50 kW que é o valor contratado, caso contrário será necessário solicitar o aumento na demanda, o que pode ter um impacto financeiro importante no fluxo de caixa do cliente. Porém, é preciso ficar atento pois há casos onde o aumento da demanda é justificável, e vai produzir uma economia maior para o cliente do que limitar a potência do sistema.
Ou seja, se o cliente não quiser fazer o aumento de demanda, o sistema fotovoltaico precisa ser dimensionado para que a potência total dos inversores não ultrapasse o valor de demanda contratado (em kW).
3. Tarifas diferenciadas para horário Ponta e Fora Ponta
Uma outra diferença importante é que para os clientes de média tensão são aplicados os postos tarifários, ou seja, o preço da tarifa de energia (apenas a TE, não a TUSD) varia conforme o horário (hora Ponta e hora Fora Ponta). A tarifa na hora Ponta, onde a demanda é maior para a distribuidora, é mais cara do que na hora Fora Ponta.
Na prática, os sistemas fotovoltaicos tipicamente só geram energia no horário Fora Ponta, e apresentam pouquíssima ou nenhuma geração durante o período de Ponta (que se inicia no final do dia quando o Sol já está muito baixo ou já se pôs), . Porém, para que os cálculos financeiros (fluxo de caixa) sejam feitos corretamente, a plataforma SolarView Business leva em conta as diferenças nos valores das tarifas cobradas pelas distribuidoras nos horários Ponta e Fora Ponta.
Por exemplo, se o cliente consome em média 1.000 kWh por mês na hora Ponta (com tarifa de R$ 1.00/kWh) e 10.000 kWh em média por mês na Fora Ponta (com tarifa de R$ 0,50/kWh), o sistema fotovoltaico será dimensionado para gerar 12.000 kWh por mês.
Neste caso, 10.000 kWh serão usados para abater o consumo médio na hora Fora Ponta, e os 2.000 kWh vão abater o consumo na Hora Ponta. O motivo de se utilizar o dobro do consumo neste exemplo é que para abater o consumo na hora Ponta é preciso levar em conta a razão entre as tarifas de energia (TE) nos horários Ponta e Fora Ponta. No exemplo a razão entre as tarifas Ponta / Fora Ponta é R$ 1,00 / R$ 0,50 = 2, portanto é necessário gerar o dobro do consumo (gerar 2 kWh para conseguir abater o custo equivalente a 1 kWh) na hora Ponta.
Note que aqui é utilizada a tarifa de energia (TE), e não a TUSD. Por este motivo é importante que a concessionária tenha transparência para informar estas tarifas de forma clara em suas faturas.